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terça-feira, 19 de julho de 2011



Observo-o.
Dá voltas e voltas na cama. Mas tem um sono tão sossegado. Aparenta ser feito de mel, tem uma pele tão dourada.
Cada pestana com dois metros. Pestanas gigantes, de fazerem cocegas no meu pescoço. É lindo. Um ser imaculado, intocável. Oiço os seus pensamentos, oiço tudo o que ele me diz.
Temos uma cama pequena. Ele tem. Com lençóis vermelhos e um edredon branco. É tão fresquinho e sabe tão bem, estarmos os dois no escuro debaixo de um vale de penas. Depois torna-se quente e tiramos a roupa. Sinto o seu cheiro no escuro. A sua pele toca a minha, a dele ferve a minha é fria.

-Toca-me. -peço-lhe. Não sei se me ouviu as palavras da boca ou as palavras da mente. Sinto os seus beijos dedicados escorrerem-me pela coluna. E os seus pés entrelaçados nos meus. E os seus dedos revoltados.
-Amo-te.- responde-me.

Duas almas que se encontraram, fazendo o luto de dores passadas. Entre respirações sofregas e palavras que tentam encontrar a perfeição. Nunca esquecidas.
Estamos juntos ás vezes, quando nos apetece. Quando calha, porque sim e as vezes também porque não. Não contamos a ninguém, porque toda a gente já sabe.
Ele é o homem da minha vida. E eu só tenho uma vida.


5 comentários:

  1. "Ele é o homem da minha vida. E eu só tenho uma vida" adorei!

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  2. torna-se mesmo uma necessidade, mas é bom (: obrigada!
    e este está completamente perfeito (;

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  3. Boa recordações não pode se deixar esquecer..
    Gostei deste (:

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